Para colocar um ponto final em processo de violação de privacidade nos Estados Unidos que poderia gerar multas bilionárias, o Google se propôs a pagar US$ 13 milhões, o equivalente a cerca de R$ 50 milhões. Segundo o portal norte-americano especializado em tecnologia Bloomberg, o acordo foi estabelecido na última sexta-feira (19), no Tribunal Federal de São Francisco, na Califórnia.
O escândalo de vazamento de dados veio à tona em 2010 e ficou conhecido como "Wi-Spy", Na época, veículos usados pelo Google para seu serviço de mapeamento topográfico, o Street View, capturaram milhões de e-mails, senhas e outras informações de redes wi-fi domésticas desprotegidas nos lugares por onde passavam, afetando dezenas de milhões de usuários. O caso causou repercussão semelhante ao escândalo recente do vazamento de informações de usuários do Facebook pela consultoria Cambridge Analytica.
O acordo, que ainda precisa da homologação da Justiça da Califórnia, prevê que o dinheiro seja distribuído aos grupos de defesa de privacidade do país e exige que a gigante da internet destrua todos os dados coletados, bem como instrua as pessoas sobre como configurar redes sem fio.
O valor oferecido para acabar com o processo é pequeno se comparado, por exemplo, ao lucro líquido da Alphabet, controladora do Google, que chegou a US$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre de 2019.
O Google não se pronunciou oficialmente sobre o acordo.
Veja as regras atuais do Google para a utilização das imagens capturadas via Street View: