Com o lançamento nacional de dois modelos poderosos – o P30 Pro e o P30 Lite – a Huawei marca, nesta terça-feira (30), seu retorno ao mercado de smartphones no Brasil. A empresa, que no mercado global de telefones celulares está em segundo lugar, atrás da líder, a sul-coreana Samsung, e à frente da americana Apple, vê nessa volta às prateleiras nacionais um passo adiante na sua meta ambiciosa de se tornar a maior fabricante de celulares do mundo.
Os modelos chegam com características potentes, comparáveis ao Galaxy S10+ e ao iPhone XS, e têm a câmera como diferencial. O P30 Pro é um topo de linha com câmera quádrupla da Leica, zoom óptico de 5x e tecnologias para tirar fotos mesmo em ambientes muitos escuros. Conta com tela OLED de 6,47 polegadas, 8 GB de RAM, 128, 256 ou 512 GB de armazenamento, processador HiSilicon Kirin 980 e bateria de 4.200 mAh com carregamento rápido de 40 watts.
A versão menos sofisticada, chamada P30 Lite, ainda não teve detalhes confirmados no Brasil, mas foi lançado em outros países com tela IPS LCD de 6,15 polegadas (2312×1080 pixels), 4 ou 6 GB de RAM, 128 GB de armazenamento, bateria de 3.340 mAh, câmera frontal de 32 megapixels e um conjunto triplo na traseira para tirar fotos ultrawide. O chip é um Kirin 710, semelhante ao Snapdragon 660.
O P30, lançado em outros países, não deve chegar ao mercado nacional. Os preços só serão informados no evento marcado para esta terça em São Paulo.
Problemas em outros países
Nos Estados Unidos, a Huawei está processando o governo de Donald Trump por banir seus produtos. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, acusa a companhia chinesa de "espionagem". Diversos países também levantaram suspeitas de que seus equipamentos seriam usados pelo governo da China para espionar as pessoas ao redor do mundo. A Huawei nega todas as acusações.
Um relatório em 2018 no Reino Unido chegou à conclusão de que havia "apenas uma garantia limitada" de que os equipamentos móveis e de banda larga da Huawei não eram uma ameaça à segurança nacional. Tanto a Austrália quanto a Nova Zelândia excluíram a empresa chinesa do envolvimento em sua futura rede 5G. Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei e filha do fundador Ren Zhengfei, foi presa no Canadá.
A Huawei lidera o desenvolvimento da tecnologia 5G, rede de comunicação que é o principal campo de batalha entre China e Estados Unidos pela hegemonia tecnológica do século 21.