Os habitantes das Américas, de grande parte da Europa e da África ocidental poderão observar um eclipse total da Lua entre 20 e 21 de janeiro, dependendo da localização. Será o último do tipo até 2021.
Para a América do Norte e do Sul, o eclipse total ocorrerá entre o início da noite de 20 de janeiro até o início da manhã do dia 21, enquanto na Europa e na África será visto pouco antes do nascer do sol no dia 21. Mais a leste do planeta, o fenômeno será pouco visível, porque será mais dia.
A lua cheia estará na sombra da Terra entre 1h34min e 4h51min pelo horário de Brasília. Durante a primeira hora, ela será lentamente "comida" pelo lado esquerdo. O eclipse será total por uma hora a partir das 2h41min de Brasília, de acordo com os horários fornecidos pela Nasa.
A fase total do eclipse será três quartos de hora mais curta que a do grande eclipse de julho de 2018, que continuará a ser o mais longo do século 21.
Durante o eclipse total, o satélite natural da Terra não será completamente invisível, mas aparecerá vermelho. Isso ocorre porque os raios do sol não o alcançarão diretamente e, em vez disso, uma pequena parte dos raios vermelhos se filtrará através da atmosfera da Terra e se refratará sobre a Lua.
— É a última chance, por um bom tempo, de ver um eclipse total da Lua — disse Bruce Betts, cientista da Planetary Society, uma organização americana de astronomia.
O próximo eclipse total será em maio de 2021. Outros parciais ocorrerão antes. Os eclipses totais da Lua podem ocorrer duas ou três vezes por ano. Acontecem quando a Terra fica posicionada exatamente entre o Sol e a Lua.
É necessário que o céu esteja claro para observar o fenômeno. Muitas vezes as nuvens estragam o show. Os fãs da astronomia poderão comparar as pequenas variações do tom vermelho da Lua neste momento.
— Tudo depende do que está na atmosfera — diz Bruce Betts. — Assim como os pores do sol mudam de cor de um dia para o outro, os eclipses variam de acordo com as partículas na atmosfera, ou se há uma erupção vulcânica, por exemplo.
Nenhum telescópio é necessário para aproveitar o eclipse. Para ver as crateras da Lua, o planetólogo lembra que um simples par de binóculos pode ser suficiente.