O Uber declarou nesta terça-feira (21) que hackers roubaram os dados de 57 milhões de usuários do serviço de transporte em todo o mundo no final de 2016. Entre eles, há 600 mil motoristas, cujos nomes e números de carteiras de habilitação foram hackeados.
Segundo o diretor-executivo do Uber, Dara Khosrowshasi, os nomes dos usuários, assim como seus e-mails e números de telefone foram roubados. Baseado em uma investigação externa, o executivo afirmou que a informação sobre os trajetos realizados, os números de cartões de crédito e contas bancárias, os números de seguridade social e datas de nascimento dos usuários não foram roubados.
Khosrowshasi, nomeado para comandar o aplicativo em agosto, disse ter sido informado "recentemente" do incidente e que duas pessoas alheias à companhia seriam os responsáveis.
— Nada disso deveria ter acontecido, e não vou arranjar desculpas para isso — acrescentou Khosrowshahi, embora tenha destacado que "o incidente não afetou os sistemas da empresa, nem sua infraestrutura".
Dois membros da equipe de segurança da informação do Uber, que "comandaram a resposta" ao incidente e não alertaram os usuários que seus dados tinham sido violados foram demitidos da empresa com base em San Francisco, disse Khosrowshasi.
De acordo com uma fonte próxima ao caso, o Uber teria pago 100 mil dólares aos hackers para que destruíssem as informações, sem divulgar aos usuários ou aos motoristas.
O roubo de dados foi um novo golpe para a reputação do Uber, que tenta deixar para trás as acusações de falhas na verificação de antecedentes criminais de seus motoristas e de assédio sexual dentro da companhia.
*AFP