Depois de muito mistério, a Nintendo finalmente estreou seu mascote nos celulares. Desde o dia 15 de dezembro é possível jogar Super Mario Run nos sistemas iOS. Primeira consideração: que jogo perfeito para mobile. Segundo consideração: a Nintendo não entende nada de mobile.
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Jogatina de celular é um dos braços mais bem-sucedidos da indústria dos games. Mas há um truque, aprendido por qualquer um dos grandes títulos, como Clash of Clans, Angry Birds, Pokémon Go e afins: se você quer ganhar dinheiro nessa, crie demanda. Crie, não obrigue. Dê o jogo de graça e faça com que as pessoas queiram gastar nele, seja em upgrades, seja em itens cosméticos, seja para eliminar um contador de tempo, seja porque simplesmente te amam.
Ninguém – repito NINGUÉM – vai desembolsar um único centavo se não for convencido disso. Só a Nintendo acha que sim. O download de Super Mario Run é gratuito. Daí você joga uma fase, duas, três e para entrar no castelo do chefão precisa pagar US$ 10. Chega a ser ofensivo. Me faça conquistar mais estrelinhas jogando um milhão de horas, mas não me diga que o único jeito de eu avançar é pagando.
E Super Mario Run vale uns R$ 40? Olha, é um jogo bonito, divertido e dá para jogar usando uma mão só. Mario sai correndo pelo cenário e tudo o que você precisa fazer é tocar na tela para que ele salte. Sua preocupação é somente esta, saltar obstáculos e buracos, uma vez que ele desvia dos inimigos automaticamente. Dá para matar eles se você quiser, mas se quiser ir no parkour, vai nessa. Se você jogou as três fases a que tem direito gratuitamente, dá para ficar desafiando os amigos em competições de acrobacias.
Ou seja, não, não vou pagar nada para continuar. Sem contar que o jogo também não funciona offline, ou seja, esqueça curtir uma jogatina no camping. Não sei como a Nintendo vai avançar na área de mobile. Claro que ela vai ter sempre o apoio dos fãs, mas se continuar nessa, não vai nem arranhar os gigantes.