Capturar pokémons não é apenas sinônimo de diversão – pelo menos não para o motoboy Denis Paz, 32 anos. Antes mesmo do lançamento de Pokémon Go no Brasil, o cearense já via no jogo uma oportunidade de trabalho. Minutos depois que o aplicativo foi disponibilizado nas lojas brasileiras, Denis publicou no Facebook e em grupos de WhatsApp um anúncio oferecendo o serviço como "motoqueiro caçador de pokémons". A novidade caiu no gosto dos jogadores e já está sendo divulgada em todo o país.
Há 15 anos trabalhando como motoboy, Denis começou a delinear o negócio há cerca de um mês quando o jogo foi lançado nos Estados Unidos, na Austrália e na Nova Zelândia. Na época, ele tinha sido demitido de uma empresa de entregas em que atuava havia um ano e oito meses. Ao ver as contas batendo na porta, não pensou duas vezes antes de anunciar o serviço – mesmo sendo julgado de maluco pelos amigos.
– Eu virava as noites pensando em como ia pagar as contas. Foi então que tive a ideia de ganhar dinheiro com o Pokémon Go. Eu falei para os meus amigos, mas eles não me levaram a sério – contou Denis ao Diário Gaúcho.
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Inicialmente, o serviço custa R$ 25 por hora e inclui o transporte do cliente de onde ele estiver até o local onde será feita a "caçada" aos monstrinhos. Bem informado sobre as regras do jogo, Denis sabe que os melhores lugares para conseguir pegar pokémons são aqueles mais movimentados, como praças e shoppings, mas avisa:
– Só irei em lugares que estejam bem policiados.
O cearense conta que a proposta inicial era oferecer o serviço apenas no bairro onde mora. No entanto, depois de divulgar o anúncio em um grupo que reúne motoboys de todo o Brasil, a ideia tomou proporções além de suas expectativas. Em apenas 24 horas, além de diversas ligações e mensagens, ele recebeu propostas para fechar parcerias e pedidos para que o serviço seja expandido para atender mais de uma pessoa por vez.
Em meio a diversas ligações de interessados em contratar o serviço e realizar reportagens, Denis revela que ainda não teve tempo de usar o aplicativo e muito menos de atender aalgum cliente.
– Tem gente chateada porque eu não posso atender. Mas eu não consegui parar ainda. Estou dando prioridade para as reportagens, mas pretendo começar a trabalhar logo – explica.