A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (12) a Operação Hunter, contra quadrilha que gerou prejuízo de mais de R$ 2,4 milhões com o golpe dos nudes. Até as 8h30min, oito pessoas haviam sido presas.
De acordo com a investigação, que durou nove meses, 35 pessoas estão envolvidas no esquema.
Segundo a polícia, enquanto 12 alvos da operação captavam e extorquiam valores das vítimas, outros 23 cediam suas contas bancárias para que o dinheiro fosse recebido.
— A liderança sistematizou uma rede de contas bancárias em razão de sucessivos bloqueios bancários a que eles foram submetidos em suas contas, pela movimentação financeira — afirma o delegado Eduardo Amaral, responsável pela investigação.
O delegado ainda explicou como os criminosos exerciam os golpes. Segundo ele, a investigação apontou que os envolvidos se passavam por delegados de polícia para extorquir as vítimas:
— Criminosos criavam perfis falsos de adolescentes e por meio desses perfis eles contatavam as vítimas pelas redes sociais, essa conversa migrava para o Whatsapp. Aí eles se intitulavam como delegado de polícia e começavam as extorsões.
Amaral explicou que durante as conversas era estimulada a troca de conteúdo íntimo. Para isso, os criminosos contatavam adolescentes, que vendiam as fotos para a quadrilha.
— Eles utilizavam essas fotos para os perfis falsos e essas trocas de mensagens — afirmou.
A operação
São cumpridos 12 mandados de prisão e 42 mandados de busca e apreensão nos municípios de Gravataí, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Capão da Canoa, Estância Velha, Glorinha, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Montenegro, São Jerônimo, São Leopoldo, Sapiranga e Sapucaia do Sul.