O governador Eduardo Leite autorizou, nesta terça-feira (3), o chamamento imediato de mais 59 agentes para a Polícia Penal. Serão 56 agentes penitenciários e outros três administrativos que vão ocupar as vagas abertas.
Conforme o governo do RS, esse é o limite legal de vagas existente atualmente. A promessa é de que, a partir de 2025, outras 550 vagas sejam abertas na corporação, com a vigência do projeto de reestruturação das carreiras de segurança, aprovado na Assembleia Legislativa em setembro deste ano.
Atualmente, o efetivo da Polícia Penal é de seis mil servidores.
Os novos contratados são necessários para preencher a falta de efetivo em unidades existentes, e também para atuar em construções futuras. Na semana passada, o governo assinou os contratos para construção de duas prisões em Passo Fundo e São Borja.
Também está prevista a inauguração em 2025 dos novos módulos no antigo Presídio Central, em Porto Alegre.
Entenda o caso
Jackson Peixoto Rodrigues, 41 anos, o Nego Jackson, foi executado a tiros dentro da unidade prisional no último sábado (23).
Os disparos teriam sido feitos por meio da portinhola de uma cela durante a triagem dos detentos. A polícia ainda busca detalhar exatamente como se deu essa dinâmica.
Dois suspeitos do crime foram presos em flagrante pela execução. A polícia não divulgou os nomes dos investigados, mas Zero Hora apurou que se tratam de Rafael Telles da Silva, o Sapo, uma das lideranças de uma facção rival à de Nego Jackson, e Luis Felipe de Jesus Brum.
Os presos, ainda que integrassem facções rivais, estavam em celas próximas, na área de triagem da penitenciária.
Na segunda-feira, cinco servidores da Penitenciária Estadual de Canoas 3 (Pecan) foram afastados das atividades.
Foram afastados:
dois servidores que estavam naquele turno
o chefe de segurança do complexo prisional
o responsável pela segurança da galeria
o diretor responsável pela Pecan 2, 3 e 4 (a Pecan 1 é chefiada por outra pessoa)