A Polícia Civil concluiu, nesta segunda-feira (14), o inquérito que envolvia a localização de mais de 200 mil arquivos de pornografia infantil com um empresário de Canoas. Conforme o delegado Maurício Barison, a conclusão é pelo crime de armazenamento de pornografia infantil com pena de até quatro anos.
A Justiça decidiu que ele pode responder pelo crime de casa, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
O homem chegou a ser preso em flagrante no dia 26 de setembro, mas foi solto no dia seguinte em audiência de custódia. Segundo o Ministério Público, o crime não preenche os requisitos para pedido de prisão preventiva, o que caberia apenas se o homem fosse reincidente.
O delegado Barison explicou que, no dia do flagrante, os agentes encontraram mais de 200 mil arquivos, quantidade tão extensa que atingiu o limite do programa de extração. O restante do material foi encaminhado para perícia, que deve emitir laudo até o fim de outubro e responder se ele também compartilhava os materiais.
— Uma vez confirmado o compartilhamento, muda tudo de figura. A pena é maior, e ele pode até ser denunciado por mais esse crime, com a possibilidade de prisão preventiva — explicou Barison.
Até a prisão, a investigação durou aproximadamente nove meses e indicou que o investigado supostamente realizava downloads de arquivos da internet e os armazenava em diversos dispositivos móveis, como notebooks e HDs externos, para dificultar sua localização.