O cantor Gusttavo Lima fez uma live nas redes sociais nesta segunda-feira (30) na qual falou pela primeira sobre a Operação Integration — que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo plataformas de jogos online e tem o cantor sertanejo como um dos investigados. Na transmissão, Lima esteve acompanhado do advogado Claudio Bessas. A informações são do g1.
Chegou a haver um pedido de prisão contra o cantor, que estava fora do país. Antes que fosse cumprida, porém, a ordem foi revogada na Justiça. Gusttavo Lima explicou nesta segunda-feira por que foi aos Estados Unidos com a mulher, Andressa Suita, e os filhos quando a investigação se tornou pública, e negou que tenha fugido do Brasil:
— Jamais vou fugir das minhas responsabilidades. Quando tudo isso pegou a gente de surpresa, falei para a Andressa: "Vamos para os Estados Unidos". Eu preciso proteger você e os meus filhos. Estou nos Estados Unidos trabalhando e tenho shows nos próximos dias aqui, ninguém fugiu aqui, não. Foragido do quê, eu não sou bandido — disse o cantor sertanejo.
Gusttavo Lima classificou a Operação Integration como um “assassinato de reputação”.
— Fui surpreendido por tantas mentiras, tantas suposições, tantas fake news, e falei: "Não é possível que eu tenha feito algo errado". Por um lado estou muito tranquilo, de verdade, pois acredito na Justiça do Brasil, de Pernambuco, e tenho certeza que isso vai acabar o mais rápido possível — acrescentou.
A polícia vê indícios de que o cantor tenha ajudado dois foragidos da Justiça, André Rocha Neto e Aislla Rocha, investigados pela Operação Integration, a deixar o Brasil. Eles teriam viajados juntos à Grécia, mas André e Aislla não retornaram.
— Trabalhei o ano todo para juntar dinheiro e fazer essa viagem. Já tinha essa ideia de ir para a Grécia e gravar o terceiro Embaixador Acústico lá. Foi uma viagem programada, gravei 20 músicas que estão sendo lançadas. Conheci a Aislla e o André em 2022 e nosso relacionamento é de muito profissionalismo. Meu contato com eles é 100% profissional — alegou.
Ele ainda destacou que a viagem aconteceu no dia 1° e a operação foi no dia 4.
O cantor finalizou afirmando que está tranquilo e à disposição da Justiça.
— Fui pego de surpresa, mas, por dentro, estou supertranquilo. Meu coração está tranquilo, à disposição da Justiça, apesar de achar tudo isso uma loucura. É tudo uma grande distorção. Quero assegurar a todos os meus fãs que nunca na minha vida negociei e compactuei com qualquer coisa errada ou que infrinja as leis brasileiras — ponderou.
Relembre
Gusttavo Lima teve sua prisão decretada no dia 16 de setembro, por supostamente ter ajudado os foragidos André Rocha Neto e Aislla Rocha. A Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, tem ao todo 53 alvos em seis Estados brasileiros, entre eles, bicheiros, empresários, a influenciadora digital Deolane Bezerra e Gusttavo Lima.
A defesa do cantor disse que Gusttavo Lima esteve junto com André Rocha Lima em decorrência da relação comercial e que ele e sua mulher deixaram o navio no dia da operação e, por isso, o cantor teria voltado ao Brasil sem eles. Sobre o indiciamento do cantor, os advogados disseram que o envio de dinheiro para empresas de Gusttavo Lima, mediante contratos assinados, não constitui nenhum ilícito.