Terminou na madrugada desta quinta-feira (19) o julgamento de dois réus no caso da chacina que vitimou sete pessoas em 2018, no bairro Passo das Pedras, zona norte de Porto Alegre. Cada um pegou 109 anos e 10 meses de prisão.
O crime, considerado na época a maior chacina do Estado desde o ano 2000, foi motivado por desavenças no tráfico de drogas. Conforme as apurações da polícia, a dupla chegou em um táxi e abriu fogo contra uma residência onde havia cerca de 20 pessoas consumindo drogas. As que não foram feridas saíram correndo dos atiradores.
Morreram Adriano Muller Guimarães, 35 anos, Breno Eli Silva de Freitas, 71, Najara Katiane Schumacher Pereira, 30, Douglas Seelig de Fraga, 38, Jair da Luz de Souza, 49, Vantuir Francisco Zanella Vieira, 39, e Rita Borba de Aguiar, 33, que estava grávida de oito meses.
Em outubro de 2018, o Ministério Público denunciou os dois réus e mais um terceiro homem, que não foi pronunciado para ser julgado.
Conforme a promotora Graziela Lorenzoni, responsável pela acusação em plenário, os réus ainda foram condenados por provocar o aborto na vítima que estava grávida. Os condenados já estavam respondendo ao processo presos.
O Ministério Público não divulgou o nome dos réus, mas a reportagem apurou que são Émerson Dione da Rosa Barcelos, o Cabecinha, e Paulo Cesar Feliciano Junior, o Picolé. Eles foram atendidos pela Defensória Pública do Estado, que não retornou ao contato até a publicação desta matéria.
* Produção: Camila Mendes