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Operação Última Milha
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PF investiga grupo que usava sistema da Abin para espionagem

Corporação diz que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos da organização criminosa. Nesta quarta fase da ofensiva, são cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão

Agência Brasil

Polícia Federal / Divulgação
Primeira fase da Operação Última Milha foi deflagrada pela PF em outubro do ano passado.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (11) a quarta fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com a corporação, policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

Em nota, a PF informou que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”. 

“A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, completa.

Os investigados, segundo a corporação, podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do estado democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Entenda a operação

A primeira fase da Operação Última Milha foi deflagrada pela PF em outubro do ano passado. À época, a corporação informou que investigava o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da própria Abin.

“De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, destacou a PF à época.

O software contratado pela Abin e usado de forma irregular era o FirstMile, comercializado pela empresa israelense Cognyte.

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