
O Rio Grande do Sul receberá o reforço de cem novos agentes da Força Nacional para atuação focada na segurança da população gaúcha, sobretudo nas áreas atingidas pela calamidade. Durante os últimos dias, um ambiente de insegurança formou-se com a ocorrência de assaltos, furtos e saques a residências e comércios. Os efetivos cedidos começam a chegar nesta quarta-feira (8).
Crimes têm sido reportados por voluntários e flagelados em diversas localidades, como no Bairro Mathias Velho, em Canoas, e também no Centro de Porto Alegre, onde concentram-se agrupamentos de pessoas que trabalham no socorro às vítimas.
— É um importante reforço que chega para contribuir com a restauração da sensação de segurança nas nossas comunidades — define o secretário da Segurança Pública do Estado, Sandro Caron.
O auxílio do governo federal foi autorizado nesta terça-feira (7) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Com o apoio, o contingente da corporação chegará a 215 nos próximos dias — 115 bombeiros da Força já estão no Estado.
Conforme o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a decisão de Lewandowski foi tomada após relato do ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, sobre incidentes de insegurança.
Também foi levado em consideração o pedido do governador Eduardo Leite, que formalizou a solicitação para o envio do novo efetivo.
Para Caron, a medida acrescenta capacidade de enfrentamento à criminalidade que age sobre a condição vulnerável das comunidades afetadas. O secretário diz que o Estado também receberá apoio de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, que juntos enviarão 130 policiais militares ao RS.
— Temos visto pessoas aproveitando este momento para praticar crimes. Não vamos permitir que isso aconteça. Vamos prender todos — afirmou Caron, em entrevista à Rádio Gaúcha.
O secretário da Segurança conta, ainda, que o Estado ordenou o retorno de 30 PMs gaúchos, integrantes da Força Nacional, que estavam em missão no Rio de Janeiro. Outro plano, descreve Caron, é a incorporação de brigadianos da reserva.
— A autorização foi publicada no Diário Oficial, possibilitando a convocação de até mil reservistas da Brigada Militar. Esses servidores não podem atuar no policiamento. Então o plano é colocá-los na segurança dos abrigos, liberando os policiais que estão nesses locais para atuar nas ruas — explica.
Até o momento, participam da operação 370 policiais federais, 354 policiais rodoviários federais e 215 agentes da Força Nacional. As corporações vinculadas ao Ministério da Justiça atuam com quatro helicópteros, 19 embarcações de resgate e 10 motos aquáticas.
Ainda estão sendo utilizadas 108 viaturas, 90 caminhonetes especiais, seis viaturas-reboque, dois caminhões, dois ônibus e uma carreta-tanque de abastecimento. Até o momento, foram resgatados 1.555 pessoas e 36 animais.