O traficante José Dalvani Nunes Rodrigues, conhecido como Minhoca, será julgado quatro vezes a partir da próxima segunda-feira (18), no Fórum Central, em Porto Alegre. O preso, que atualmente cumpre pena em uma penitenciária federal em Campo Grande (MS), voltou ao Rio Grande do Sul para ser submetido à sequência de júris. Outros nove réus também serão julgados nestas audiências.
Conforme o Ministério Público, serão julgados crimes cometidos entre julho e dezembro de 2016 nas zonas leste e norte de Porto Alegre por disputas de pontos de tráfico de drogas. Apontado como líder de facção, Minhoca é acusado de ser mandante de quatro homicídios e três tentativas neste período.
— As provas dos processos mostram a evidência, o fato do principal réu ser o líder da organização e ter dado as ordens para os crimes. Por isso, esses casos merecem uma atuação forte e firme da nossa parte, já que não se pode tolerar que a guerra do tráfico vença — destacou a promotora Lúcia Helena Callegari que vai atuar em plenário.
No primeiro júri, Minhoca e mais dois réus são acusados de um homicídio em dezembro de 2016 no bairro Mário Quintana. No dia 20 de março, começa a sessão para julgar um crime que ocorreu em julho de 2016 no Rubem Berta.
No dia 22 de março, Minhoca será julgado com outros dois réus por homicídio em outubro de 2016. O último julgamento será no dia 26, com outros cinco réus, por um homicídio e três tentativas de homicídio em dezembro de 2016.
Outros júris
Está não é a primeira vez que Minhoca retorna ao Rio Grande do Sul para participar de júris. Em novembro de 2023, o preso foi absolvido da acusação de ser o mandante da morte de um casal no bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre, em 2017.
Contraponto
O advogado Jean Severo, que defende Minhoca, se manifestou por meio de nota.
"José Dalvani ficou preso em presídio federal por longos 07 anos, não possui liderança alguma inclusive atualmente está enfrentando problemas de saúde graves. Ele já foi absolvido por três vezes pelo jurado de Porto Alegre a única prova que existe contra ele é uma delação premiada que foi montada pelos órgãos de persecução penal portanto totalmente ilícita."