A Polícia Civil confirmou, nesta sexta-feira (23), que o corpo encontrado nas proximidades da BR-101, na quinta-feira (22), é de Tayná da Silva Rosa, 27 anos, que estava desaparecida desde o dia 2 de fevereiro, em Torres, no Litoral Norte. A identificação foi confirmada pelo Posto Médico-Legal (PML) de Osório, a partir do exame de papiloscopia realizado.
Os policiais seguem aguardando, entretanto, os resultados dos exames necroscópico e do local do fato. Conforme a delegada regional do Litoral Norte, Sabrina Deffente, assim que os laudos forem recebidos pela polícia, o inquérito será concluído e encaminhado ao Judiciário. A estimativa da corporação é que isso ocorra na próxima semana.
O laudo confirma as suspeitas da polícia de que o corpo localizado na quinta-feira fosse de Tayná, uma vez que a carteira de identidade dela e um celular estavam no bolso da calça do cadáver. Além disso, os policiais também apontaram que as roupas também eram semelhantes às que Tayná usava quando foi vista pela última vez, em 2 de fevereiro.
A Polícia Civil tem o suicídio como principal hipótese para o caso. Os dois filhos de Tayná, uma menina de oito anos e um menino de seis, fruto de um relacionamento anterior, ficaram com o pai biológico, em Três Cachoeiras, de onde ela era natural.
O corpo dela chegou a Três Cachoeiras por volta de 8h desta quinta-feira, onde ocorreu a cerimônia de despedida. O velório durou cerca de uma hora apenas devido ao avançado estado de decomposição em que se encontrava. O sepultamento ocorreu no cemitério municipal.
Entenda o caso
Tayná foi vista pela última vez por volta de 8h30min da manhã do dia 2 de fevereiro, uma sexta-feira, quando passava em frente a um posto de combustíveis localizado na Vila São João, em Torres. O local fica a cerca de dois quilômetros da casa onde ela vivia com o marido e os filhos há três meses.
A câmera de videomonitoramento do posto registrou o momento em que a mulher passa caminhando pela frente do estabelecimento. Nas imagens, cedidas pela família, Tayná aparece de cabelo preso, vestindo uma calça preta, uma blusa clara e carregando um objeto na mão direita.
O marido de Tayná foi o último a vê-la com vida. Ele relatou à polícia que ela já havia saído de casa e retornado depois de algum tempo em duas ocasiões. Aos familiares, ele disse que os dois tiveram uma discussão na noite de quinta-feira (1°) e que, na manhã de sexta, Tayná teria enviado uma mensagem a ele dizendo que "os dois não davam certo".
Familiares e amigos de Tayná afirmavam que ela nunca sofreu de depressão e que nunca havia se ausentado sem avisar. As forças de segurança seguiram com as buscas até localizarem o corpo na manhã desta quinta-feira, 20 dias após o sumiço.
Procure ajuda
Caso você esteja enfrentando alguma situação de sofrimento intenso ou pensando em cometer suicídio, pode buscar ajuda para superar este momento de dor. Lembre-se de que o desamparo e a desesperança são condições que podem ser modificadas e que outras pessoas já enfrentaram circunstâncias semelhantes.
Se não estiver confortável em falar sobre o que sente com alguém de seu círculo próximo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. O CVV (cvv.org.br) conta com mais de 4 mil voluntários e atende mais de 3 milhões de pessoas anualmente. O serviço funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados), pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil (confira os endereços neste link).
Você também pode buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no telefone 192, ou em um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Estado. A lista com os endereços dos CAPS do Rio Grande do Sul está neste link.