A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Novo Hamburgo analisa se será necessária a realização de novo interrogatório do investigado apontado por testemunhas por ter atropelado propositalmente a companheira depois de arremessar o próprio filho, um menino de 11 meses, pela janela de seu automóvel. O homem de 40 anos ficou ferido ao ser detido por populares, na noite da quinta-feira (22), no bairro Canudos, e permanece hospitalizado sob a vigilância das autoridades.
De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o mais recente boletim hospitalar dá conta de quadro clínico estável e indica expectativa de liberação para o cumprimento, em unidade de reclusão, da prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário. Ele está internado em um hospital na zona sul da Capital.
— A necessidade de nova tentativa de tomada de depoimento do suspeito será uma decisão avaliada no curso do inquérito que tramita na Delegacia da Mulher. Em um primeiro interrogatório, o custodiado optou por não fazer declarações — relata o diretor da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, delegado Eduardo Hartz.
O delegado explica que a prisão preventiva já está em vigor e que a transferência do investigado para uma unidade prisional depende apenas da liberação médica. O novo depoimento não é considerado indispensável pela polícia, já que há depoimentos de testemunhas que descrevem os fatos com detalhes.
Vítimas
O quadro clínico da mulher é considerado delicado. Ela permanece internada sob cuidados intensivos no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Já o bebê recebeu alta e foi entregue para cuidados de uma familiar da mãe.
A apuração até o momento dá conta de que a família estava no automóvel quando teria ocorrido uma discussão seguida de agressões. No meio da briga, o homem teria atirado o bebê pela janela do veículo, em local próximo a um córrego.
A mulher, então, teria saído do carro ainda em movimento e sido atropelada. Pessoas que estavam próximas ao local teriam assistido os acontecimento, e algumas delas partido em socorro às vítimas e agido na contenção do suposto agressor até a chegada das autoridades.
O caso é preliminarmente investigado com tentativas de feminicídio e de homicídio.