Uma mulher foi condenada pelo crime de tortura praticado contra um bebê de dois anos, em um caso ocorrido em 2018, em São Sebastião do Caí, no Vale do Caí. A ré foi condenada a dois anos e seis meses de prisão em regime fechado. À época, ela era funcionária de uma creche particular e foi flagrada por câmeras agredindo uma menina. O nome da mulher, que tinha 23 anos na ocasião, não foi divulgado.
A promotora Cláudia Rodrigues Pegoraro, que atuou no caso, afirmou que vai recorrer pedindo aumento da pena aplicada. Na denúncia do Ministério Público, a promotora pontuou que a "ré submeteu a menina, que se encontrava sob os cuidados e supervisão da creche, e sobre quem detinha poder e responsabilidade, com emprego de violência, e intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal".
O caso chocou o Estado depois que imagens da agressão foram divulgadas. As cenas mostram o momento em que a então monitora educacional de uma creche particular pressiona um travesseiro sobre o rosto de uma menina de dois anos. Segundo o MP, ela estava "inconformada com a agitação da menina" e ainda "sacudiu a vítima com agressividade" e "socou a mesma menina contra um colchãozinho verde, com raiva". A tortura foi interrompida quando outras funcionárias entraram na sala.
A agressão ocorreu na manhã de uma quarta-feira, 10 de janeiro de 2018, e as imagens foram captadas pelo sistema de vigilância da creche particular.
Na época, os pais da menina afirmaram que vinham estranhando o descontentamento da filha, mas cogitaram a possibilidade de que estivesse se adaptando à creche, que frequentava havia apenas quatro dias.