A Escola Municipal de Educação Infantil Vila Zwirtes, em Cruzeiro do Sul, que ainda se recupera dos prejuízos da causados pela enchente do Rio Taquari em setembro, tem sido alvo de furtos. Os casos aconteceram poucas semanas após o local voltar a receber crianças.
Segundo a secretária municipal de Educação, Cultura e Esportes, Anelise Assman, criminosos "visitaram" até a escola por duas vezes. A primeira delas ocorreu na madrugada do dia 14 de outubro, em que os ladrões arrombaram a porta dos fundos e acessaram as salas de aula. Os autores ainda não foram identificados.
Foram levados notebook, jarra elétrica, forno microondas e aparelhos de TV. Todos eles haviam sido recém comprados, substituindo os produtos que foram levados pela água durante a tragédia. A direção não chegou a calcular o prejuízo, mas novos equipamentos já foram adquiridos.
— Os televisores não haviam sido instalados ainda — afirma a secretária. — A sensação é de muita tristeza, pois não é um roubo a um município. Estão roubando as crianças — declara a secretária.
Uma semana depois, a instituição voltou a ser alvo de ladrões. Dessa vez, no entanto, nenhum objeto foi levado. Na mesma noite uma outra escola infantil da cidade, a Dona Maria Julieta, também sofreu tentativa de invasão, sem sucesso.
Enchente prejudicou segurança da escola
Das seis escolas de Cruzeiro do Sul danificadas pelas enchentes, a Vila Zwirtes está entre as mais destruídas. A água levou praticamente tudo que havia dentro da instituição, sobrando apenas as paredes e o telhado. O alagamento chegou a atingir o teto, danificando as câmeras de segurança.
Por conta disso, no momento do crime, não foi possível captar as imagens dos criminosos. A falta de elementos e de testemunhas dificultam a identificação dos suspeitos. A delegacia de Polícia Civil de Arroio do Meio, que atende Cruzeiro do Sul, busca imagens de câmeras externas, na rua da escola.
Apesar dos estragos, foi possível reestruturar a escola com a ajuda de voluntários e doações. Os alunos retornaram às aulas cerca de dez dias após a enchente. São cerca de 70 alunos matriculados, com idades entre 4 meses e 4 anos.