A Polícia Federal descobriu que parte de uma carga de 250 mil maços de cigarro, roubada do depósito da Receita Federal no Porto Seco, zona norte de Porto Alegre, foi escondida em uma funerária da cidade de Canoas, na região metropolitana. O roubo ocorreu na madrugada do dia 13 de setembro do ano passado.
Na manhã desta quarta-feira (5), os agentes realizaram a Operação Porto Seco e cumpriram dois mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, em Porto Alegre (quatro) e Canoas (dois). Dois homens, de 33 e 27 anos, foram presos na Lomba do Pinheiro, na zona leste Capital. Além disso, aparelhos celulares e outros equipamentos eletrônicos foram apreendidos.
Os dois homens são suspeitos de integrar o grupo de cerca de dez criminosos que levou a carga de cigarros de um depósito contratado pela Receita Federal para guardar bens apreendidos pela União na zona norte de Porto Alegre. No dia do ataque, o grupo chegou armado em dois caminhões e dois carros, rendeu os vigilantes e levou os maços de cigarro.
A carga levada é avaliada em R$ 1 milhão e meio e havia sido apreendida durante a operação Tavares, realizada em outubro de 2021 e que fez a maior apreensão de cigarros da história no RS e uma das maiores do Brasil, 20 mil caixas com 10 milhões de maços. Além de contrabando para outros Estados brasileiros e o Uruguai, a organização criminosa fabricava cigarros ilegalmente no Estado.
O delegado da delegacia de repressão a crimes patrimoniais e tráfico de armas, Marcio Teixeira, afirma que essa é a primeira fase da operação e que as investigações prosseguem.
— Nós seguimos investigando, até para tentar chegar nos demais integrantes. Sabemos que de forma transitória, eles utilizaram a funerária para armazenar os maços de cigarro. Vamos investigar também o envolvimento dos proprietários — disse.
O nome da funerária não foi divulgado. A operação de hoje contou com o apoio da Brigada Militar.