Uma mulher de 38 anos foi presa preventivamente pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (20), suspeita de agredir, torturar a manter uma pessoa em condições análogas à escravidão em uma casa de Gravataí.
Segundo o delegado Alexandre Fleck, a vítima era mantida em cárcere privado dentro da casa da suspeita e obrigada a realizar serviços domésticos e cuidar das filhas dela. A investigação ainda apura se a mulher tinha envolvimento com o tráfico de drogas e obrigava a vítima a realizar entregas de entorpecentes.
A vítima, que é usuária de drogas, era mantida nesta condição desde dezembro de 2022. De acordo com a Polícia Civil, ela e o companheiro teriam furtado baterias do carro da agressora, que descobriu o crime e espancou o casal para que confessasse onde deixou os objetos levados. O homem está desaparecido.
— Desde então, ele sumiu. Chegaram ao nosso conhecimento algumas fotos que seriam daquela data, em que ele está bastante machucado, mas não é possível confirmar ainda — disse o delegado Fleck.
Um vídeo que mostra a tortura chegou à Polícia Civil em março deste ano. Nele, é possível ver a mulher perguntando o que foi feito com a bateria do carro, enquanto bate na vítima com um pedaço de madeira. Antes disso, a polícia já havia ido até a casa, para apurar o desaparecimento do homem, e encontrado a mesma vítima. Na época, ela disse que estava lá por vontade própria.
— Ela tinha medo de sofrer alguma retaliação por denunciar — contou Fleck.
Em março deste ano, ela conseguiu fugir da casa. A presa foi levada ao sistema prisional.