O reconhecimento oficial do corpo de Gabriel Luiz Dias da Silva, de 27 anos, foi realizado nesta quinta-feira (19) por uma amiga da vítima, segundo familiares. O personal trainer e modelo gaúcho foi morto no dia 12. Ele foi encontrado com um saco plástico na cabeça em um apartamento de Milão, norte da Itália.
De acordo com a madrasta da vítima, Priscila Goldani, o corpo está passando por necropsia para apurar a causa da morte. Ainda não há previsão para divulgação do resultado. O principal suspeito é um banqueiro italiano de 71 anos, que foi detido pela polícia.
O foco da família agora é conseguir arrecadar cerca de R$ 20 mil para ir à Itália e cremá-lo para trazê-lo de volta à Gravataí, cidade onde ele residia antes de ir à Europa. Priscila relatou que o translado não será possível, já que a diplomacia brasileira não oferece o serviço e a família não tem como bancar a operação.
— O valor para trazer o corpo dele de volta pode chegar até R$ 100 mil reais. É inviável pra nós — completou.
Até o momento, cerca de R$ 12 mil já foram doados por meio de uma vaquinha virtual.
A madrasta ainda afirmou que não recebeu nenhum tipo de apoio do governo brasileiro e que todas as informações que conseguiu até agora vieram do consulado italiano.
A reportagem de GZH entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores solicitando um posicionamento. Nesta quarta-feira (25), o Itamaraty enviou uma nota sobre o assunto:
"O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado do Brasil em Milão, presta a assistência cabível aos familiares do nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.
Em caso de falecimento de nacional no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família. Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos.
Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros."
*Produção: Luiza Schirmer