Três pessoas da mesma família — pai, mãe e filho — são investigadas por tráfico de drogas e estão entre os alvos de uma operação deflagrada nesta sexta-feira (9) pela Polícia Civil. A ofensiva é realizada no Jardim São Pedro, localidade da zona norte de Porto Alegre onde o grupo agia, e nos bairros Aberta dos Morros e Belém Novo, na Zona Sul.
Os agentes do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) cumprem cinco mandados de busca e outros cinco de prisão temporária. Pai e filho já foram presos, mas a mulher ainda está sendo procurada.
Outras duas ordens de prisão foram cumpridas na manhã desta sexta, e um suspeito foi detido em flagrante. Também foram apreendidas imagens dos criminosos portando armas, maconha e dinheiro.
A investigação teve início em maio deste ano com a prisão em flagrante de um ex-presidiário envolvido no esquema. Conforme a polícia, ele, a família e pelo menos mais dois homens vendiam entorpecentes em todo o bairro Jardim São Pedro, principalmente nas proximidades de uma escola infantil.
Com o primeiro investigado detido, foi possível mapear as áreas de ação do grupo e obter as identificações dos demais suspeitos de integrar a quadrilha. Segundo a apuração, eles estariam agindo também nos arredores, distribuindo maconha para vendedores de outros grupos em bairros próximos.
A quadrilha só vendia um tipo de maconha chamada de "camarão", que é plantada no Uruguai e tem um poder alucinógeno maior, além de um preço mais alto.
Imagens como provas
O titular da 1ª Delegacia do Denarc, delegado Guilherme Dill, diz que várias fotos e vídeos serão usados como provas contra os traficantes. Eles postavam imagens em grupos de WhatsApp com dezenas de notas de R$ 100, da própria erva e de armas. Tudo foi localizado em celulares apreendidos. Áudios sobre encomenda de maconha também foram encontrados.
— Estima-se que a comercialização de entorpecentes seja diária, de modo que os indivíduos ostentam maços de dinheiro, armas de fogo e quantidades de droga para venda, divulgando pelo aplicativo WhatsApp aos seus contatos — ressalta o delegado.
Os cinco investigados com prisão temporária decretada não tiveram os nomes divulgados. Eles têm antecedentes criminais e passagens pelo sistema prisional. A polícia lembra que só três são da mesma família, e que eles também responderão por associação ao tráfico.
Dill ainda comprovou ostentação por parte dos traficantes, tudo em imagens divulgadas nas redes sociais e pelo WhatsApp, por meio de contatos individuais ou em grupos. As postagens feitas pelos presos eram deles mesmos em viagens e festas.
Para avisar a polícia sobre casos semelhantes, as pessoas podem acionar o disque-denúncia do Denarc: 08000 518 518.