Um vídeo divulgado nas redes sociais é um dos elementos que a Polícia Civil aponta como prova de que o crime de racismo foi praticado contra o cantor Seu Jorge, na sexta-feira (14), em evento de reinauguração de salão no Grêmio Náutico União (GNU). Conforme a delegada Andrea Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância, é possível ouvir ofensas racistas.
— Eu ouvi “macaco”. E sons imitando esse animal. Sem sombra de dúvidas isso configura o crime de racismo — sustenta a delegada.
Os investigadores trabalham para identificar os autores e as ofensas racistas. O presidente do GNU, Paulo José Kolberg Bing, foi o primeiro a ser intimado para depor. A polícia aguarda imagens das câmeras do clube e a identificação dos organizadores do evento.
Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Bing comentou o caso. Ele afirmou não ter ouvido nenhuma das manifestações racistas, mas diz que recebeu gravações nas quais elas podem ser ouvidas.
— Em nenhum instante ouvi as manifestações racistas, porém, recebemos uma gravação onde uma pessoa profere ofensas raciais. Em nossos registros de áudio e vídeo não aparece nenhuma ofensa racista, mas me parece que elas ocorreram. Já estamos colaborando com as autoridades policiais e disponibilizamos nosso registros internos para a investigação — relatou.