O policial militar aposentado Ronaldo dos Santos, acusado de matar o filho bebê e mais quatro pessoas da mesma família, na zona norte de Porto Alegre, em 2016, vai a júri nesta terça-feira (30). O julgamento ocorre às 9h30min no Salão do Júri do 6º andar do Foro Central I da Capital e será presidido pela juíza de Direito Cristiane Busatto Zardo. Além do interrogatório do réu, são esperados os depoimentos de cinco testemunhas de defesa.
O caso aconteceu na noite de 24 de maio de 2016, no bairro Jardim Itu-Sabará, na Capital. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Ronaldo dos Santos estava insatisfeito pelo nascimento do filho Miguel Felipe Figueiró com Luciane Felipe Figueiró, uma das vítimas, em uma relação extraconjugal. Conforme a acusação, o homem teria receio de que ela usasse a criança para exigir dinheiro.
A acusação diz que Ronaldo foi até a casa das vítimas como visita e disparou contra Luciane. Para acobertar o crime, matou os outros três familiares dela no local: o filho João Pedro Figueiró, cinco anos, a mãe dela, Lourdes Felipe, 64, e o irmão dela Walmyr Felipe Figueiró, 29.
Todos foram executadas com um tiro de revólver calibre 22 na cabeça. Ao sair do local, ele teria acionado o gás de um queimador do fogão e deixado o bebê, Miguel, para morrer por asfixia ou inanição.
Os corpos foram encontrados em estado avançado de decomposição dentro de casa uma semana depois por uma parente. Ele foi denunciado por cinco homicídios qualificados e responderá por fraude processual, já que teria colocado drogas sob o corpo do irmão de Luciane para simular uma ligação com o tráfico, afastando suspeitas sobre ele.
O réu negou a autoria em depoimento à Justiça. O advogado Hebrom de Oliveira Castilhos, representa a defesa do réu, e o promotor de justiça, Eugenio Paes Amorim, é responsável pela acusação.