A Polícia Civil divulgou na manhã deste sábado (18) que indiciou na sexta-feira (17) o suspeito de espancar e matar um homem durante briga ocorrida dia 4 deste mês no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. O homem de 32 anos, com vários antecedentes criminais, foi preso preventivamente em Nova Santa Rita no sábado passado (11).
A titular da 2ª Delegacia de Homicídios da Capital, delegada Roberta Bertoldo, investigou o caso e concluiu que houve homicídio qualificado por meio cruel. Segundo ela, a vítima ficou impossibilitada de defesa por ter esquizofrenia e estar embriagada, levando vários socos, pontapés e tendo uma das orelhas arrancadas.
Linton Ferreira, 46 anos, foi morto após uma briga na esquina da Rua General João Telles com a Avenida Osvaldo Aranha. O crime foi gravado em imagens que ajudaram a polícia na identificação do suspeito. O nome dele não foi divulgado, mas GZH apurou que se trata de Ismael Vezner dos Santos, com antecedentes por ameaça, lesão corporal, furto, roubo e posse de drogas.
GZH, desde o dia da prisão, segue tentando contato com a defesa do indiciado para contraponto, mas a delegada Roberta diz que, até sexta-feira, nenhum advogado apareceu na delegacia para se apresentar como responsável pela defesa do suspeito. Somente no dia 21 deste mês, após inquérito finalizado e remetido à Justiça, GZH conseguiu obter no processo os nomes de dois defensores públicos. Em contato com a Defensoria Pública do Estado, foi informado que a defesa já participou da audiência de custódia, no último dia 15 deste mês, e somente vai se manifestar sobre o caso nos autos do processo judicial.
Conforme o inquérito já remetido à Justiça, há a informação de que testemunhas reconheceram o investigado por meio de fotos e também afirmaram que ele agiu de forma violenta. Roberta diz que muitas pessoas teriam gritado para que o investigado parasse com as agressões.
No dia 3 deste mês, horas antes do homicídio, familiares de Linton revelaram que ele teve de buscar atendimento em Porto Alegre depois de ter duas convulsões na casa onde morava, em Canoas, com a esposa, Rita, e a filha de 10 anos do casal, que estava junto há 14. Além da caçula, ele tinha outra filha, de 22 anos, e um filho, de 24, de outro relacionamento, uma neta e um casal de enteados no atual casamento.
No Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde teria buscado atendimento, familiares contaram à polícia que ele teria sido orientado a ir para outro hospital. Porém, depois disso, não tiveram mais notícia dele até que foram informados pela polícia sobre a briga e depois a morte no bairro Bom Fim.