Começou por volta das 11h desta sexta-feira (24) a manifestação das defesas no júri do processo que apura as responsabilidades pela morte do adolescente Ronei Faleiro Júnior. O crime ocorreu em 1º de agosto de 2015. A primeira a falar foi a defensora pública Tatiana Boeira, que representa o réu Leonardo Macedo da Cunha. Ela sustentou, ao longo de praticamente toda a fala dela, que Júnior morreu em razão de uma doença autoimune que tinha e por causa do mau atendimento que, segundo a defensora, recebeu no hospital da cidade.
— Esse menino morreu porque não foi tratado adequadamente quando ele chegou no hospital aqui. Isso é muito triste! Nunca ninguém vai tirar a dor daquela mãe e daquele pai. E tem que ser eu aqui, a megera, que tem que vir aqui dizer isso com base numa interpretação que está no processo — disse Tatiana.
Logo depois se manifestaram os responsáveis pela defesa de Peterson Patric Silveira Oliveira. A advogada Pâmela Aquino reafirmou que o cliente dela é réu confesso e que trabalha para desclassificar o crime de homicídio.
— Que vocês reconheçam que houve uma lesão corporal seguida de morte. E é isso que ficou demonstrado através dos documentos médicos — pediu Pâmela.
Logo depois, falou o outro defensor de Peterson, Diander Rocha.
— A intenção do Peterson era brigar. Ele atravessa a rua para ajudar um amigo que estaria envolvido numa briga. A intenção dele nunca foi matar — disse Rocha.
O advogado de Vinícius Silva, Celomar Cardozo, se manifestou na sequência.
— Ninguém viu o Vinícius agredir alguém. Nós temos uma razoável dúvida se o Vinícius praticou alguma agressão — sustentou Cardozo.
O julgamento foi para o intervalo após as falas dos advogados. Em seguida, ocorre a réplica do Ministério Público, com limite de duas horas, e a tréplica das defesas, por mais duas horas. Depois, os jurados se reúnem na sala secreta e decidem se condenam ou absolvem os réus. A última etapa é a leitura da sentença pelo juiz Jonathan Cassou dos Santos.