A Polícia Civil solicitou uma avaliação psicológica de uma jovem de 21 anos que estava cuidando de duas crianças que morreram em incêndio na última quinta-feira (21) em Taquara, no Vale do Paranhana. Ela, que era tia das duas vítimas, sobreviveu junto com outro sobrinho.
Um menino de cinco anos, que era primo de uma das vítimas e irmão de outra, teria colocado fogo acidentalmente no colchão em um dos quartos. O objetivo da investigação é apurar a responsabilização pelo fato.
O delegado Gustavo Rocha, responsável pelo caso, diz que, mesmo tendo ocorrido uma tragédia, é preciso apurar as circunstâncias e, por isso, solicitou à perícia um exame para saber se a tia das crianças tinha condições de cuidá-las.
Segundo ele, há uma suspeita inicial de desvio de atenção da jovem. Rocha destaca que somente com o resultado pericial será possível saber se essa deficiência poderia colocar em risco a segurança — por não conseguir, por exemplo, socorrer as vítimas — ou se as mães, que não estavam na residência, também podem ser responsabilizadas e consideradas negligentes. Uma delas estava em Três Coroas e a outra em uma residência em frente ao local do incêndio.
A tia das meninas, uma de ano e meio e outra de dois anos e meio, e outro sobrinho, de cinco anos, conseguiram se salvar. Em princípio, ele teria colocado fogo em um colchão com um isqueiro, durante brincadeira. A mulher, os três sobrinhos e as duas mães deles, de 25 e 17 anos, residiam no local.
Todas as três mulheres já prestaram depoimento. Os primeiros laudos periciais são aguardados para duas a quatro semanas. O exame psicológico ainda depende da solicitação feita pela polícia.