A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu três pessoas por suposto envolvimento no assassinato do investidor de criptomoedas e youtuber gaúcho Wesley Pessano, 19 anos. Radicado no Rio e milionário, ele foi morto com vários tiros no dia 4, em São Pedro da Aldeia (RJ), quando dirigia um Porsche avaliado em R$ 440 mil.
Os presos são um homem apontado como o contratante do assassinato do rapaz, o suspeito de ser o executor e mais um que dirigia o veículo usado na emboscada. Um deles estava no carro usado no assassinato, um Voyage Prata, informou o delegado Milton Siqueira Júnior, titular da delegacia de Arraial do Cabo.
As prisões aconteceram porque o Voyage usado no crime foi localizado pela Polícia Rodoviária Federal. O carro foi filmado várias vezes na porta da casa de Wesley, observando os movimentos da vítima. O veículo dos suspeitos de assassinato era clonado e havia sido roubado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em maio deste ano. A partir dele a Polícia Civil chegou nos suspeitos, identificados como Chingler Lopes Lima e Edson da Costa Marinho (presos na Vila da Penha, zona norte do Rio) e Roberto Silva Campanha (preso com um fuzil, em Rio das Ostras).
A Polícia Civil está convicta de que Campanha, suposto executor de Wesley, recebeu R$ 40 mil para cometer o crime. Uma das linhas de investigação é a guerra no mercado de investimentos virtuais. O nome do suposto mandante do crime não foi revelado. Os mandados de prisão são temporários.
Os investigadores acreditam que a morte do investidor possa estar relacionada a três outras tentativas de assassinato em Cabo Frio, entre março e julho. Uma disputa de empresas por clientes de criptomoedas teria motivado os crimes. Os inquéritos que envolvem esse tipo de atividade na região litorânea do Rio tem sido analisados pelos policiais.
A reportagem não conseguiu contato com defensores dos três presos.