A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (20) que o atirador preso pela morte de dois clientes, entre eles um policial, em restaurante de Jaboticaba, no norte do Estado, no último domingo (16), agiu com um cúmplice. O suspeito foi alvo de cumprimento de mandado de prisão temporária na tarde de quarta-feira (19), em Boa Vista das Missões, também na região, mas não foi localizado. Rudinei Teles da Silva, 44 anos, é considerado foragido.
A partir de testemunhas (mais de 10 já prestaram depoimentos) e de imagens de câmeras analisadas durante a investigação, o delegado Gustavo Fleury, responsável pelo caso, não teve dúvidas da participação de Silva. Segundo ele, não se descarta que tenha ao menos dado carona para Marcos Moraes Antunes, 30 anos. Imagens mostram que os dois estiveram no restaurante no momento do desentendimento com José Antônio Rocha Monteiro, 53 anos, a primeira vítima, e saíram, retornando depois.
Fleury destaca que Moraes sai do carro de Silva, momentos antes dos crimes, e os dois entram no estabelecimento comercial. Cerca de dois minutos depois, Silva sai do restaurante e entra sozinho no carro.
Testemunhas confirmaram, além das imagens, que Silva, além de ter participado da discussão com Monteiro, cuja motivação ainda é apurada, ficou entre o atirador e o comissário Fabiano Ribeiro de Menezes, 51 anos. Esse fato foi percebido em um dos vídeos do circuito de câmeras, no momento em que houve a troca de tiros. Silva não foi atingido. O policial morreu e Moraes foi baleado, seguindo sob custódia em hospital de Palmeira das Missões.
Em depoimento, ele alegou que não se lembrava do que tinha ocorrido no domingo, e o advogado Nelson Magalhães, que faz a sua defesa, diz que irá se pronunciar em momento oportuno.
O delegado Fleury afirma ainda que as imagens também revelaram que Silva saiu sozinho do restaurante e somente ele entra no seu veículo justamente porque Moraes foi atingido por três tiros. A polícia quer saber também a origem da arma com numeração raspada que foi usada no duplo latrocínio qualificado. GZH tentou contato com a defesa do suspeito, mas a polícia informou que familiares ainda estão contratando um advogado.