Uma fábrica clandestina de placas do Mercosul foi fechada na terça-feira (1º) pela Polícia Civil no bairro Jardim Algarve, em Alvorada. O trabalho começou à tarde e foi finalizado à noite, com a prisão de um suspeito.
A investigação da Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) continua para apurar a quantidade de materiais produzidos mensalmente, além de buscar provas contra um total de 12 criminosos identificados e em relação a receptadores.
A divulgação da ação ocorreu nesta quarta-feira (2), porque os agentes precisaram recolher todos o maquinário usado na fabricação clandestina. Havia ainda a tentativa de localizar mais um investigado.
O fechamento do local foi mais uma etapa do trabalho de oito meses realizado pelos delegados Rafael Liedtke e Marco Guns. Segundo a apuração, a fábrica foi criada para a clonagem de veículos roubados na Região Metropolitana. Diversas placas e maquinário — como prensas, tintas, formas — usado no crime foram apreendidos e encaminhados para perícia.
— Ainda estamos apurando o total de placas produzidas no local. Agora o trabalho é de análise e confronto de depoimentos. Os outros, que não estão presos, seguem sendo investigados e, conforme nossa apuração, serão responsabilizados posteriormente — afirma Liedtke.
A investigação continua, e os delitos apurados são: roubo de veículo, clonagem, receptação, uso de documentos falsos e porte ilegal de arma de fogo. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Alvorada, Porto Alegre e também em Florianópolis.
Segundo Liedtke, um dos alvos dos mandados de busca estava na capital catarinense e, na fábrica fechada, estava o suspeito preso em flagrante. O nome dele não foi divulgado, mas a polícia diz que tem três antecedentes criminais, justamente por adulteração de sinal identificador de veículo motor.