Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi levou 16 facadas de seu ex-marido, Paulo José Arronenzi, na última quinta-feira (24), no Rio de Janeiro. De acordo com informações do portal G1, a avaliação do IML mostrou que o corpo da magistrada tinha perfurações no pescoço, rosto e barriga.
Viviane, 45 anos, foi morta na frente das três filhas na Avenida Rachel de Queiroz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O crime foi registrado em vídeo, que circula nas redes sociais e está sob investigação da polícia. Na gravação, é possível escutar os gritos de suas três filhas, com idades entre sete e nove anos. As imagens mostram também as crianças pedindo para que Paulo pare de golpear a juíza.
O homem não tentou fugir depois do assassinato e permaneceu próximo ao corpo de Viviane até a chegada da polícia. Ele recebeu voz de prisão e foi levado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, que investiga as circunstâncias do feminicídio. O ex-marido da vítima permaneceu calado na delegacia e afirmou que só vai se manifestar em juízo.
Paulo teve a prisão temporária convertida em preventiva na sexta-feira (25). A decisão foi tomada pela juíza Monique Brandão durante a audiência de custódia do engenheiro. O suspeito foi encaminhado, em seguida, para um presídio do sistema da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
O corpo da magistrada foi cremado na manhã deste sábado (26), no bairro do Caju, na região central do Rio de Janeiro. Segundo informações do G1, o velório de Viviane foi realizado entre 9h e 10h30min. A cerimônia de despedida ocorreu no Cemitério da Penitência, em espaço com capacidade para 180 pessoas. Por conta de medidas de prevenção à covid-19, apenas 50 pessoas podiam entrar no local por vez.