Considerado desaparecido havia quase uma semana, Cristiano Fernandes da Fonseca, 35 anos, retornou para casa por volta das 19h30min desta sexta-feira (26).
Morador do bairro Cavalhada, na zona sul de Porto Alegre, ele não dava notícias para a família desde sábado (20), quando saiu para encontrar uma mulher em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Segundo familiares, ele conheceu a mulher em um site de relacionamento.
Na quarta (24), sem conseguir contato com o homem, a família registrou uma ocorrência de desaparecimento na 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), enquanto amigos se mobilizavam pelas redes sociais para tentar achá-lo.
Ao voltar para casa nesta sexta, Fonseca afirmou para a família que estava em uma região sem sinal de telefone e sem internet, por isso não conseguiu entrar em contato para avisar sobre seu paradeiro.
— (Ele) estava com ela, lá no fim do mundo. E todo mundo aqui procurando por ele, família, amigos. Já apanhou bastante de mim e do irmão, ainda vai apanhar dos amigos amanhã, porque não vou passar a mão na cabeça. Já fiz ele gravar um vídeo pedindo perdão a todo mundo que se mobilizou — afirma a mãe de Fonseca, Elaine Conceição Fernandes Fonseca, 62 anos. — Queria pedir desculpas a todo o mundo e agradecer pela ajuda.
Antes, Elaine havia afirmado que, ao tentar contato, o telefone do filho não acusava estar desligado, mas, ao chamar, ninguém atendia.
Fonseca mora com a filha de seis anos em uma casa no mesmo pátio que os pais. Ele trabalha na construção civil e durante a pandemia fez pequenos bicos.
O homem preferiu não conversar com GaúchaZH. No vídeo que gravou, junto da mãe, pediu desculpa:
— Quero agradecer pela preocupação de todo mundo, pedir desculpa, perdão, eu errei. Estou bem. Não tem mais o que falar, só agradecer a todos.
O delegado Newton Martins de Souza Filho, da 2ª DHPP, explica que o episódio não é exceção.
— Nos casos de desaparecimento, essa é a rotina. A grande maioria são pessoas que saem sem avisar, os pais e amigos ficam desesperados e, quando ninguém espera, a pessoa aparece — afirma Souza Filho, que era responsável pela investigação. — Mas sempre trabalhamos pensando no pior. Algumas vezes, pode se tratar de um crime grave como sequestro, homicídio. Por isso, sempre há uma investigação. No fundo, quanto tudo termina como agora, é um alívio para todos, inclusive para a polícia — acrescenta.