Os presos que eram mantidos em delegacias da Polícia Civil foram removidos após determinação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Somente nesta terça-feira (24), segundo a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) foram 116 detentos.
A medida atende decisão do presidente do TJ-RS, desembargador Voltaire de Lima Moraes, que havia determinado o esvaziamento das DPs, atendendo a pedido feito pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores, Investigadores e Comissários de Polícia (Ugeirm) devido à propagação do coronavírus. O desembargador afirmou que o problema de presos em delegacias vem sendo enfrentado há anos.
A ação foi coordenada pela Secretaria da Administração Penitenciária do Estado (Seapen). Os agentes penitenciários fizeram a remoção dos detentos que se encontravam em diversas delegacias, sendo a maioria em Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Vale do Sinos.
Ainda segundo a Susepe, a transferência só foi possível porque servidores trabalharam desde sábado, de forma emergencial, na reforma de dois prédios — um junto ao Instituto Psiquiátrico Forense, no bairro Partenon, em Porto Alegre, e outro em Montenegro.
— Foi mais uma demonstração de profissionalismo e dedicação dada pelo nosso efetivo, nessa crise sem precedentes — afirmou o secretário da Administração Penitenciária, Cesar Faccioli.
Após os locais serem preparados, foi organizada a remoção. A chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, já havia afirmado na segunda-feira (23) que a corporação estava mapeando o perfil dos presos para auxiliar nas remoções.
Com essa ação, segundo o superintendente da Susepe, Cesar da Veiga, foi possível zerar o número de presos em delegacias.