Responsável pela investigação sobre a morte de três pessoas da mesma família após uma briga de trânsito em Porto Alegre, no último dia 26, o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia afirmou que vai indiciar o autor do crime, Dionatha Bitencourt Vidaletti, 24 anos, por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas.
Nesta terça (4), em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o delegado disse ainda que a mãe do jovem pode responder por possível fraude processual. A mulher prestou depoimento à polícia na tarde de segunda-feira (3).
— O filho vai ser indicado por homicídio duplamente qualificado. A mãe não teve participação direta nos disparos que acabaram executando as vítimas. Em relação à ela, é investigado uma possível fraude processual — disse Pohlamann.
Segundo o delegado, o inquérito deve ficar pronto até quinta-feira (6). Para ele, a versão apresentada pela família em relação à pistola utilizada no crime ainda não foi bem explicada.
— Disseram que haviam deixado a pistola no local, e isso efetivamente não aconteceu. Na nossa ótica, a pistola retornou junto com o autor do fato e em algum momento foi guardada, escondida. Se ela (a mãe) tivesse conhecimento e depois acabou inventando essa história, pode ser que ela responda por fraude processual — reiterou.
Pohlmann afirmou que o depoimento da mãe foi importante para confirmar a ideia da polícia de que o primeiro interrogatório apresentou inconsistências. Ao contrário do que o filho havia relatado na terça-feira (28), quando foi preso, a mãe confirmou que a pistola 9 milímetros usada no crime era da família dela e não das vítimas.
— A mãe disse que desconhecia que ele (o filho) estava com a arma, mas, ao estacionarem o veículo, viu que ele estava com a pistola e que a tirou da cintura e colocou no piso. Logo nos primeiros minutos, ela pegou essa arma no piso e atirou para o alto para tentar parar o que achava ser uma agressão.
Por que não identificamos a mãe do atirador?
A mulher de 48 anos, mãe do autor confesso de três homicídios em briga de trânsito na zona sul da Capital, até este momento não é investigada pela Polícia Civil por participação nas mortes. Ela é tratada como uma testemunha do crime. Portanto, GaúchaZH preserva sua identidade.