
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) coletou, entre 2018 e 2019, 4.292 amostras de DNA de condenados que cumprem pena no sistema penitenciário gaúcho. O material genético armazenado poderá ser utilizado como prova para incriminar ou inocentar um réu. As coletas superaram em 43% a meta acertada com a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A coleta é feita por meio da saliva, que é processada no Laboratório de Genética Forense em Porto Alegre, para que o perfil genético seja conhecido. Depois de armazenado, o material é enviado para a Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, formada pelos bancos de 19 Estados e da Polícia Federal.
A maior parte das coletas se deu em prisões de 14 municípios do Interior, onde 2.327 amostras foram armazenadas. O trabalho também aconteceu no Instituto Penal Padre Pio Buck, em Porto Alegre, onde ocorreu a coleta do material genético de 1.908 presos que cumprem pena com tornozeleira eletrônica em regime semiaberto.
— Chegamos a fazer 1,3 mil coletas em quatro dias na Serra— conta o perito criminal Gustavo Kortmann, chefe da Divisão de Genética Forense do IGP.
Com a meta atingida, o governo do Rio Grande do Sul receberá 5% da verba prevista do Fundo Nacional de Segurança Pública. Para 2020, o IGP busca cadastrar material genético de mais de três mil presos.
Em três anos, o Banco Nacional pretende incluir o perfil genético de todos os presos por crimes dolosos no Brasil.