A polícia concluiu a investigação do caso em que um motorista de aplicativo foi espancado, em Caçapava do Sul, no início de setembro. Quatro taxistas estão presos desde 17 de setembro por suspeita de envolvimento no crime. Nesta segunda-feira (30), mais seis foram identificados e indiciados. As informações são da RBS TV.
Segundo o delegado Laurence de Moraes Teixeira, os 10 taxistas foram indiciados por três crimes: tentativa de homicídio, roubo e associação criminosa. Para a polícia, eles se organizaram em grupo para tentar matar o motorista de aplicativo.
O caso aconteceu na noite do dia 11 de setembro. O motorista Oilson Ricardo Gomes Alves foi cercado pelo grupo próximo ao ponto de táxi da rodoviária do município, quando buscava um passageiro. Ele sofreu ferimentos e precisou de atendimento médico. O carro dele foi danificado, e seu dinheiro, furtado. O celular do condutor também foi levado.
A polícia não informou os nomes de seis indiciados, que vão responder em liberdade, apenas informou que são taxistas com idades entre 21 e 54 anos. A investigação apurou que nem todos são donos de táxis — alguns são funcionários de taxistas de Caçapava do Sul. Todos negaram participação no crime.
Os quatro taxistas presos em 17 de setembro permanecem detidos no Presídio de Caçapava do Sul: o presidente da Associação dos Taxistas do município, Irivelto de Jesus Machado Moreira, e o filho dele, Felipe dos Santos Moreira; e o taxista e vereador Alex Vargas Nunes e o filho, Alesson Dias Nunes.
O vereador, que é do MDB, pediu afastamento da Câmara por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 120 dias. O Legislativo disse que instaurou procedimento para apurar o comportamento do parlamentar.
O inquérito da Polícia Civil foi remetido ao Ministério Público nesta segunda-feira e o promotor de Caçapava do Sul tem até sexta-feira (4) para decidir se denuncia os suspeitos pelos três crimes ou não.
Contrapontos
A defesa de Irivelto de Jesus Machado Moreira e Felipe dos Santos Moreira disse que vai tentar uma delação premiada para soltar os clientes. O advogado Léo Tronco disse ainda que Irivelto não estava no local, que o filho só presenciou a agressão, e que os dois estariam dispostos a contar tudo ao Ministério Público para que sejam soltos.
Já o advogado Rogério Motta, que defende o vereador e o filho dele, disse nesta terça-feira que vai se inteirar sobre a conclusão do inquérito.