Depois de seis dias sendo procurado pela tentativa de feminicídio contra e ex-companheira, Cristiano Bessa Arisi, 40 anos, apresentou-se por volta do meio-dia desta terça-feira (13) na 2ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo. Após depoimento na Delegacia de Homicídios, ele deve ser encaminhado ao sistema prisional.
No dia 7 deste mês, conforme a Polícia Civil, Arisi atirou na ex-companheira, que estava trabalhando em uma loja no município do Vale do Sinos. Somente em 2019, a vítima, que tem 20 anos, registrou cinco ocorrências contra o suspeito.
O delegado Rodrigo Zucco, que efetuou a prisão, diz que Arisi tinha três detenções preventivas decretadas, duas fundamentadas na Lei Maria da Penha e uma por tentativa de feminicídio.
— Ele não quis falar muito, e cabe à Delegacia de Homicídios ouvir o preso. Há indícios de que ele teria agido sob efeito de álcool no dia do crime — afirma Zucco.
Arisi, que se apresentou à polícia com um advogado, teria tido com a vítima um relacionamento de cerca de dois anos — rompido no mês passado. Ela registrou a primeira ocorrência contra ele em abril por ameaça.
Depois, procurou a polícia nos dias 2, 3 e 5 de agosto, alegando que foi ameaçada e sofreu lesão corporal. Na última vez em que esteve na delegacia, afirmou que foi ameaçada de morte e que Arisi teria comprado um revólver. Ela solicitou medida protetiva no dia 3 deste mês — o pedido foi atendido no mesmo dia pela juíza Andrea Hoch Cenne. Uma audiência foi marcada para o dia 19.
No dia do crime, o suspeito teria ido até a loja de utensílios em que a ex-companheira trabalha em um veículo de aplicativo. Teria invadido o estabelecimento comercial e dado um tiro contra a mulher, acertando o rosto dela. Na fuga, Arisi teria roubado um Logan que passava pela rua e feito o motorista refém. Dois quilômetros depois, conforme a Polícia Civil, o motorista e o carro foram abandonados na Vila dos Tocos, em São Leopoldo.
A jovem foi encaminhada para o Hospital Centenário em estado grave, passou por cirurgia e recebeu alta na segunda-feira (12). O nome dela não está sendo divulgado por questões de segurança. GaúchaZH solicitou à polícia o contato do advogado de Arisi para contraponto e aguarda por retorno.