A Polícia Civil confirmou que a haitiana Germanie Paul, 29 anos, assassinada em um motel em Gravataí, na Região Metropolitana, no sábado (10), foi vítima de asfixia. A informação é considerada fundamental para os investigadores traçarem como o crime ocorreu. A hipótese trabalhada no inquérito é de que o caso seja um latrocínio — roubo com morte.
Segundo o delegado Gustavo Bermudes, da 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí, não há indícios de que tenha ocorrido violência sexual. Ainda assim, a polícia solicitou uma perícia no corpo para excluir a possibilidade.
A hipótese de latrocínio ganhou força depois que os agentes constataram que foram levados cerca de R$ 200 da recepção do motel e um celular da vítima.
A investigação ouviu, ainda no final de semana, uma pessoa considerada chave na investigação: a mulher que entrou com o principal suspeito do crime no estabelecimento, uma prostituta. O delegado resumiu-se a dizer que seu depoimento contribuiu bastante com a investigação, mas preferiu não dar detalhes sobre o que a mulher relatou.
Imagens de câmeras de segurança mostram a testemunha e o homem entrando a pé no motel, horas antes do crime. O delegado explica que ela não é apontada como suspeita de participar do assassinato, mas o delegado preferiu não dar informações como, por exemplo, se ela foi embora antes do crime.
Ainda por meio de imagens, os agentes perceberam que a vítima foi três vezes até o quarto onde o suspeito estava, após ser chamada por ele. Ele estaria fazendo perguntas sobre a estrutura do motel, em conversas consideradas normais entre hóspede e funcionário.
A haitiana foi encontrada morta no quarto onde o suspeito estava hospedado. A vítima não tinha antecedentes criminais, segundo a polícia.