Nesta semana, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Afonso, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, sofreu a quinta invasão em menos de um ano. De terça (30) para quarta-feira (31), assaltantes arrombaram as dependências do colégio e invadiram sete salas.
Todo o material esportivo de educação física, como bolas e jogos, além de caixas de lápis de cor e giz de cera, usados nas aulas de artes, foram levados. Além disso, os criminosos furtaram produtos de limpeza e higiene e arrombaram a porta a biblioteca, levando um monitor.
Os prejuízos da última invasão se somaram aos outros quatro arrombamentos registrados na escola em novembro de 2018 e em fevereiro deste ano. Os assaltantes depredaram dois bebedouros — que ainda não foram consertados —, furtaram a fiação elétrica do pátio e destruíram ou levaram quase todas as câmeras que fazem o monitoramento interno do colégio. Por sorte, as aulas não chegaram a ser afetadas.
Com o sistema de monitoramento por câmeras destruído, a direção da Escola Santo Afonso terá que desembolsar pelo menos R$ 5 mil para fazer a instalação de novos equipamentos.
— Nós falamos com a Coordenadoria de Educação para tentar uma verba extra, mas o dinheiro ainda não foi liberado. Como não sabemos se ele virá, acho que vamos usar o dinheiro da autonomia que recebemos todo mês, da própria escola mesmo — explicou o diretor Cristiano Silva.
Silva também afirma que a Santo Afonso não é a única escola do bairro que sofre com sequências de arrombamentos. Outros três colégios municipais da região registraram crimes nos últimos meses. Contatos são feitos com a base comunitária da Brigada Militar, na tentativa de reforçar o policiamento nos colégios com rondas.
O comandante da Brigada Militar de Novo Hamburgo, tenente-coronel Márcio Uberti Moreira, afirma que colocar um policial 24 horas por dia em todas as escolas da cidade é inviável, mas que bairros com maior incidência de crimes, como é o caso do Santo Afonso, já possuem um reforço no policiamento ostensivo.
Além disso, a corporação possui, no município, a chamada Patrulha Escolar, que visita as escolas de Novo Hamburgo diariamente, através de um roteiro pré-estabelecido.
— A gente não tem como estar com um policial por dia em cada escola. A Patrulha Escolar passa no local, nós temos as bases comunitárias, as viaturas passam no local, e o bairro já recebe uma atenção especial por ser vulnerável. A solução para essas escolas é ter um sistema de segurança reforçado — explicou o tenente-coronel.
O comandante reforça pedido para que as direções das escolas que foram alvos de arrombamentos façam o registro das ocorrências para que a polícia possa trabalhar na busca pelos envolvidos.
O delegado da 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, Márcio Niederauer, que atende a região, afirma que os crimes ocorridos na Escola Santo Afonso estão sendo investigados, mas até o momento os responsáveis não foram identificados.