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Após sessão que durou cerca de 24 horas, a 2ª Vara do Júri de Porto Alegre condenou na noite desta sexta-feira (7) o ex-auxiliar de serviços Pablo Miguel Scher pela morte de Ilza Lima Duarte, 77 anos, ocorrida em fevereiro de 2008, no centro da Capital. Ele foi sentenciado a 19 anos e seis meses de prisão por homicídio.
O julgamento analisava ainda o envolvimento no crime de outras duas pessoas: a esposa de Scher, Andréia da Rosa, e o ex-porteiro do prédio onde a vítima morava, Paulo Giovani Lemos da Silva. Os dois foram absolvidos. Um casal, apontado como mandante do crime vai a júri em outra data.
Segundo a investigação, o ex-auxiliar de serviços foi o contratado pelo casal Maria Fernanda Homrich e Roberto Petry Homrich, apontados como mandantes do crime, para matar a idosa. À polícia, ele admitiu ter esganado a Ilza — versão que negou durante o Tribunal do Júri.
Andréia, que era empregada doméstica do casal Homrich, foi acusada de limpar o local do crime logo após o assassinato. Ela negou o envolvimento no caso e foi absolvida pelos jurados.
O ex-porteiro do prédio onde a idosa morava, Paulo Giovani Lemos da Silva, também era acusado de ser o executor do crime. Ele disse à polícia que foi convidado por Scher para realizar um serviço na casa da idosa, mas fugiu do local ao perceber que Ilza seria assassinada. Scher, no entanto, disse que recebeu a ajuda dele para executar o crime. Silva foi absolvido pelos jurados.
Assassinato
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Ilza Lima Duarte, 77 anos, foi encontrada morta em seu apartamento na Avenida Borges de Medeiros, no centro da Capital, no entardecer de 15 de fevereiro de 2008, em um cenário que parecia indicar morte natural. Na cama, ela segurava com a mão direita um pedaço de pão. Ao seu lado, uma xícara de café.
Devido à insistência de amigas de Ilza, que perceberam detalhes diferentes na casa da idosa, o caso começou a ser investigado pela polícia um mês depois da morte — quando as amigas tiveram acesso à certidão de óbito de Ilza atestando morte violenta por estrangulamento.
A Delegacia de Homicídios investigou o caso e chegou aos cinco acusados. O casal Maria Fernanda e Roberto Homrich era vizinho e amigo íntimo de Ilza. Eles teriam contratado três pessoas para matarem a idosa.
Segundo o MP, o crime ocorreu por motivações financeiras. O objetivo seria apressar o recebimento de cinco apartamentos, que seriam repassados a eles após a morte de Ilza — a aposentada não tinha filhos, morava sozinha e era dedicada a projetos sociais.