Em cerimônia na manhã desta quarta-feira (19), o Exército fez a doação de 15 fuzis para uso da Brigada Militar. Os equipamentos, de calibre 7,62 mm — ParaFAL —, eram da tropa paraquedista e serão, agora, utilizados pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), considerado a tropa de elite da Brigada Militar.
Os armamentos, doados com 1,5 mil cartuchos, poderão ser utilizados imediatamente pela Brigada Militar. Segundo o comandante-geral da BM, coronel Mário Ikeda, eles serão empregados em situações em que os criminosos estejam com armamento pesado, como em cercos a grupos escondidos em áreas de mato. O deslocamento da tropa do Bope e dos fuzis poderá ser feito de Porto Alegre para diferentes regiões do Estado.
— O nosso Bope conta com os homens que fazem o combate à criminalidade, principalmente aqueles bandidos bem armados, que cometem crimes em pequenos municípios e se refugiam nas matas. É esse efetivo que faz o enfrentamento, entrando na mata, e tem sua ação potencializada (com a entrega dos equipamentos) — explicou Ikeda.
A entrega das armas foi feita em cerimônia marcada por todos os ritos característicos do Exército. Quinze militares fizeram a entrega individual a 15 policiais militares do Bope, simbolizando a doação.
O diálogo entre as forças federais e estaduais começou com a intenção de diminuir a burocracia para o repasse de armamentos apreendidos. Na conversa, o comandante militar do Sul, general Geraldo Antonio Miotto, informou sobre a possibilidade de doação dos fuzis. Isso, conforme o general, abre a possibilidade de novas doações nos próximos meses:
— Estamos abertos, sem dúvidas. O coronel Ikeda e eu nos entendemos por um telefonema, não necessitamos de papel. Quem ganha é a população, que necessita de segurança. E juntos somos mais fortes. Estamos na mesma trincheira. Este é um armamento para a defesa dos militares, das mulheres e das crianças: da população — destacou o comandante militar do Sul.
Para o vice-governador e secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, a doação dos armamentos coloca em prática a integração, um dos pilares propostos no programa de governo intitulado RS Seguro.
— Nós, homens e mulheres que representamos o poder público, não podemos bater cabeça entre nós. Essa integração tem que ser verdadeira. E esse momento representa isso muito bem. Não tenho dúvida de que o nosso Bope, que é o orgulho da Brigada Militar, terá condição de fazer o enfrentamento da criminalidade organizada da melhor forma.