O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, informou na quarta-feira (29) que solicitou a abertura de inquérito para investigar as 55 mortes ocorridas em presídios de Manaus entre domingo (26) e segunda-feira (27).
Em nota, o Ministério da Justiça argumentou que "os crimes ocorridos representam grave violação de direitos humanos" e que há "interesse da União na repressão de organizações criminosas com atuação em mais de um Estado da federação, bem como na repressão ao tráfico internacional de drogas."
A pasta disse ainda que há indícios de que uma facção tenha ordenado os assassinatos. Na nota, o Ministério da Justiça também informou que nove detentos foram transferidos para o Distrito Federal e que mais 17 devem ser levados para presídios federais nesta quinta-feira (30).
"Os integrantes de organizações criminosas foram identificados pela área de inteligência do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) em conjunto com as forças de segurança locais", diz o Ministério da Justiça.
A onda de mortes em Manaus começou no final da manhã de domingo, durante o horário de visitas do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). É o mesmo presídio onde começaram os motins em presídios nas primeiras semanas de 2017, que terminaram com um saldo de 126 mortos no Amazonas, em Roraima e no Rio Grande do Norte.