A Escola Estadual Cristo Rei, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, suspendeu as aulas nesta segunda-feira (22) devido a ameaças de um atentado. Uma aluna recebeu mensagens através do Whatsapp com ameaças e referências ao ataque de Suzano, em São Paulo.
Conforme o titular da 1ª Delegacia de São Leopoldo, Joel Oliveira, um perfil fake foi criado para enviar as mensagens no aplicativo. Ele possuí uma suspeita sobre a origem das mensagens e pediu apreensão de celulares e quebra de sigilo para identificar o remetente.
— A gente pensa que é um fake, mas por trás (deste perfil falso) existe uma pessoa, que inclusive conhece bem a rotina dos alunos - declarou o delegado.
O delegado afirma que não existe uma ameaça real. Mesmo assim, Oliveira solicitou que o policiamento fosse reforçado no entorno da escola para tranquilizar os pais e alunos.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação afirma que comunicou os órgãos de segurança e conversou com os alunos para esclarecer a situação. Inicialmente, a pasta informou que as aulas seriam retomadas na terça, mas por decisão a comunidade escolar, as atividades não serão normalizadas amanhã.
Leia a nota na íntegra
A Secretaria de Educação informa que nesta segunda-feira, 22 de abril, as aulas na Escola Cristo Rei, em São Leopoldo, foram suspensas em razão de um boato que circulou em aplicativo de celular. Assim que soube dos fatos, a direção comunicou os órgãos de segurança, que se dirigiram imediatamente à instituição, e conversou com os estudantes com o objetivo de esclarecer a situação e tranquilizar a comunidade escolar. Também foi feito um Boletim de Ocorrência e nesta terça-feira, 23 de abril, as aulas serão retomadas.
Desde 2015, todas as escolas públicas da rede estadual contam com o Programa Cipave (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar), em conjunto com as demais secretarias de governo. Ele funciona como uma rede de apoio às escolas, e em parceria com entidades, busca orientar a comunidade escolar sobre as mais diversas situações, desde o uso de drogas, comunidades violentas onde estão inseridas, bullying, racismo, suicídio, entre outros.
A ação também avalia a frequência e a gravidade com que ocorrem essas situações, planeja e recomenda formas de prevenção, entre outras medidas. Além disso, atua também para a mitigação dos efeitos de casos ocorridos, oferecendo apoio e acompanhamento para vítimas no processo de recuperação. A partir dos esforços do programa, houve redução em 35,9% da violência escolar no Estado em 2018, em comparação com o ano anterior.
A Secretaria de Educação está atenta às situações envolvendo ameaças às escolas e segue comprometida em promover um ambiente de paz e diálogo nas instituições.