O responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Rodrigo Mohr Picon, disse que os incrementos nas forças da Brigada Militar (BM) nos últimos anos conseguem suprir a ausência da Força Nacional, que deixa o Estado após dois anos e 7 meses.
Em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha, na noite desta sexta-feira (22), defendeu que o efetivo atual consegue manter os trabalhos no mesmo nível:
— Com o efetivo que possuímos atualmente, há condições de nós conseguimos manter o trabalho que está sendo feito e a diminuição de praticamente todos os índices de criminalidade.
Assim como o vice-governador e chefe da Segurança Pública no Estado, Ranolfo Vieira Júnior, o comandante do CPC citou a formação de cerca de 2,4 mil novos policiais em agosto deste ano como uma das medidas que reforçam a atuação das forças de segurança no RS:
— Nós estamos com uma atuação forte em Porto Alegre, principalmente em cima dos crimes violentos. Estamos conseguindo sim diminuir os índices e acredito que com o reforço de policiamento em agosto podemos melhorar bastante a segurança em Porto Alegre.
Picon citou um trabalho das forças de segurança contra o roubo de veículos, que acaba sendo um dos crimes que acabam em latrocínio (roubo com morte).
— É um trabalho muito inicial, mas ele está tendo um resultado. Eu comandava o 9º Batalhão de Polícia Militar, ano passado, e fizemos um trabalho muito semelhante na área central de Porto Alegre, onde diminuímos 60% os roubos de veículos. Agora, nós estamos ampliando isso para toda Porto Alegre e já temos bons resultados. Acredito que as pessoas vão, em pouco tempo, se sentir mais seguras.
Agradecimento
Em comunicado no site da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP-RS), Ranolfo, agradeceu a atuação da Força Nacional e da União durante o período no qual o Estado precisou de ajuda federal para combater a criminalidade. Ranolfo disse que o efetivo da tropa no Estado contava com 54 policiais militares e nove policiais civis.
Na última terça-feira (19), o governo do Rio Grande do Sul encaminhou pedido para que a permanência fosse prorrogada por 180 dias. O Piratini estava otimista quanto à prorrogação do vínculo.
Nesta sexta-feira, o secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, em visita ao Estado, disse que a renovação não será possível, pois os agentes serão enviados ao Pará, onde existe um pedido de urgência.
Em janeiro, o ministro da Justiça, Sergio Moro, havia assinado portaria liberando a presença dos agentes por mais 60 dias, período que venceu nesta sexta-feira.