O Ministério Público (MP) denunciou três envolvidos nos assaltos ao Banco do Brasil e ao Banrisul na cidade de Ibiraiaras, no norte do Estado, no começo de dezembro. As ações resultaram na morte do subgerente do Banco do Brasil Rodrigo Mocelin da Silva, 37 anos, levado como refém pelos assaltantes.
Na interpretação do Ministério Público, ao assaltarem os bancos e levarem o subgerente como refém, colocando-o no porta-malas de um dos carros utilizados na fuga, os criminosos provocaram sua morte, mesmo que ainda não tenha sido apontada, pela perícia, de que arma partiu o tiro que o vitimou.
Rogério da Silva Barcelos, Anderson Mauricio de Jesus Avila e Felipe Arnoldo de Oliveira são acusados dos crimes de associação em organização criminosa armada, latrocínio (roubo com morte), tentativas de homicídios qualificadas, porte de arma e munições, posse de artefatos explosivos, receptação de coletes balísticos, receptação de veículos, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, roubo e danos qualificados.
Entre os itens subtraídos durante a ação, segundo o MP, estão a quantia de R$ 107.154,40 do banco Banrisul, quatro revólveres e quatro coletes balísticos da empresa de vigilância Epavi, além de joias, dinheiro e celulares de clientes que estavam nos bancos.
Os três denunciados estão presos. Outros seis criminosos que participaram do assalto foram mortos em confrontos com a Brigada Militar dentro da mata, após os assaltos.
O promotor Felipe Lisboa Barcelos pede na denúncia que, além da condenação dos denunciados, seja fixada na sentença condenatória o valor da reparação dos danos causados pelo crime.
O promotor cita que os crimes foram praticados com restrição à liberdade das vítimas, já que os denunciados determinaram a realização de cordão humano, impedindo que saíssem do local, e ordenando que cumprissem as ordens, além de terem fugido do local levando quatro pessoas.
— Não foi identificada conduta dolosa por parte dos policiais militares com relação à vítima, o que afasta competência da Justiça comum. De qualquer forma, ainda tramita inquérito policial militar, que será enviado à Justiça Militar, que será competente para analisar a conduta, bem como eventuais excludentes, caso cabíveis — explicou Barcelos.