A mulher de 32 anos que foi baleada no domingo (23) em um roubo de carro na esquina da Rua Tenente Ary Tarragô com a Doutor Gaudino Nunes Vieira, na zona norte de Porto Alegre, deverá passar a noite de Natal acompanhada por seu companheiro em um hospital da cidade. Conforme o homem de 31 anos, apesar do trauma, a vítima não apresenta "nenhum tipo de risco".
Baleada por um tiro na face, a mulher foi internada, em quadro estável, no Hospital Cristo Redentor no domingo. Nesta segunda-feira (24), por conta de um convênio médico, ela será transferida a outra instituição, diz seu companheiro.
Em entrevista a GaúchaZH (leia abaixo), o homem contou que a mulher foi abordada por ao menos dois homens quando retornava de um supermercado, onde havia comprado limões que seriam usados em uma receita de torta para a ceia de Natal. A pedido dele, para preservar suas identidades, os nomes do casal não serão divulgados.
Como sua companheira está depois de ter sido vítima de um roubo?
Estável. Está bem, sem nenhum tipo de risco. Só tem de aguardar para ver quais serão os próximos passos. A nova equipe médica verá o que será feito. Ela está falando, não perdeu a consciência.
Ela se lembra do que aconteceu?
Mais ou menos. O trauma deleta uma parte do que aconteceu.
E o que você sabe até o momento sobre o caso?
Ela estava voltando do mercado. Ela saiu para comprar limões. Na volta, foi abordada. Ela acha que tinha até mais mulher junto. Teriam sido dois homens e uma mulher (que participaram do crime). Ela (a vítima) disse que não reagiu. Antes de descer do carro, deram um tiro. Ela só se lembra de um tiro. O cara continuou batendo no vidro. Ela abriu a porta e desceu.
O carro já foi recuperado?
Não. Até o momento, a polícia não entrou em contato.
O que você estava fazendo no momento do roubo?
Estava em casa dormindo.
Como você foi informado sobre o caso?
Um vizinho me ligou, dizendo que minha mulher havia sido baleada. Foi desesperador.
Você e sua companheira estavam planejando fazer uma festa de Natal em casa?
Não, seria na casa da família dela.
Qual é seu sentimento depois do que ocorreu?
É de frustração com nossa segurança, de impunidade. No mais, é isso aí.
Você passará o Natal ao lado de sua companheira no hospital?
Provavelmente.