O confronto armado em Arroio dos Ratos que resultou na morte de quatro pessoas, entre elas dois adolescentes, na madrugada desta quarta-feira (5), ocorreu durante uma nova fase da Operação Diamante – ação secreta do comando da Brigada Militar, que envia a tropa de elite da corporação para municípios que possivelmente teriam bancos atacados.
O Batalhão de Operações Especiais (BOE) já estava em Arroio dos Ratos e acredita ter evitado o que seria um ataque à agência da Caixa Econômica Federal da cidade. Informações do setor de inteligência da corporação, que acompanha as quadrilhas e os índices de ocorrências, levaram a tropa até o município de 14 mil habitantes na Região Carbonífera.
De acordo com o tenente-coronel Claudio dos Santos Feoli, os policiais só atiraram porque foram recebidos a tiros ao tentar parar um Siena branco na BR-290, próximo à entrada da cidade. Um dos disparos chegou a atingir a viatura, uma Pajero Dakar blindada.
Feoli diz que só um dos ocupantes do carro não atirou contra a polícia e, por isso, não foi alvejado.
— Cada um teve o destino que optou. Um dos menores não reagiu e está vivo. A escolha é do delinquente. Se agir com letalidade contra policial, vai receber o revide — declarou.
Um outro carro suspeito conseguiu fugir da polícia. Após o tiroteio, foram apreendidas duas pistolas, três revólveres e dois carregadores para calibre não identificado. Os mortos no confronto tinham entre 15 e 19 anos.
Após tiroteio, nova perseguição
Enquanto atendiam a ocorrência, os policiais afirmam que quase foram atropelados por um carro que passou em alta velocidade pela BR-290. A mesma equipe retornou à viatura e passou a perseguir o veículo, um Voyage.
Após alguns quilômetros, o carro foi parado e 18 quilos de maconha foram apreendidos. Um casal foi preso.