Um grupo criminoso que lavava dinheiro de golpes das casas de papel, em Gravataí, foi alvo de operação da Polícia Civil nesta segunda-feira (26). Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, R$ 16 mil e um carro de luxo foram apreendidos pelos agentes.
Conforme a Polícia Civil, os criminosos usavam o nome de pelo menos nove empresas para vender casas pré-fabricadas. Em vez de construírem as casas, as empresas apenas entregavam o material necessário para a construção. A ideia, conforme o titular da Delegacia de Homicídios, delegado Felipe Borba, era "mascarar" o estelionato para que parecesse apenas um descumprimento contratual.
Após os golpes, as empresas eram fechadas e reabertas com outros nomes. Algumas, inclusive, se apresentavam como concorrentes das outras. Até o momento, oito pessoas são suspeitas de participar dos crimes.
A investigação iniciou há cinco meses, durante apuração de um homicídio na cidade. Segundo o delegado, foi descoberto que o pai de um traficante estava servindo como "laranja" ao ser sócio das empresas e dono de bens, com valor desproporcional à realidade econômica.
Com suspeita de que o grupo lesou mais de 70 pessoas, gerando um prejuízo de R$ 1 milhão, a Justiça bloqueou bens no mesmo valor para garantir o ressarcimento das vítimas no futuro.
A Polícia Civil ainda pede para quem negociou com as empresas procure a Delegacia de Homicídios. Os nomes das investigadas são Madecasas, Mad Arte, Madeart, Aliança, União, Ideal, Central das Casas, RS Casas e Construart.
Informações anônimas podem ser repassadas pelo telefone (51) 3945.2741 ou peloWhatsApp (51) 98608.8876.