Um policial militar da reserva apresentou-se na tarde desta terça-feira (2) na 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP) e assumiu a autoria dos disparos que mataram Rafael Giovane Silveira da Silva, 26 anos, na tarde da última quinta-feira (27), no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O PM aposentado alegou legítima defesa.
De acordo com a versão apresentada pelo policial militar da reserva ao delegado Rodrigo Reis, ele foi até a PUCRS falar com seu filho, que trabalha como vigilante no local. Após estacionar seu carro nas proximidades do prédio 50, teria visto uma movimentação de pessoas, entre elas, de outro PM da reserva.
As pessoas estariam tentando conter Silva, que, de acordo com o PM autor dos disparos, estava bastante agitado, após ser flagrado supostamente praticando roubos no local.
Por ter experiência em situações como aquela, o policial militar aposentado teria se aproximado do rapaz para "falar com jeito e tentar acalmá-lo", mas acabou surpreendido por Silva, que teria tentado pegar sua arma. O PM da reserva, então, reagiu, efetuando inicialmente um disparo de advertência e, na sequência, outros três, que atingiram o suspeito de roubo.
O nome do PM da reserva, que se apresentou acompanhado por advogado, não foi divulgado pela polícia. Após ser ouvido, ele foi liberado e, em princípio, responderá em liberdade.
Confira a nota enviada pela PUCRS à imprensa:
Em relação à ocorrência na última quinta-feira, dia 27 de setembro, no Campus da Universidade, junto ao prédio 50, a PUCRS informa que segue colaborando com a investigação. A Instituição reforça seu compromisso com o bem-estar da comunidade e reitera que, na área de segurança, realiza um trabalho permanente e preventivo. Diariamente, cerca de 50 mil pessoas circulam pelo Campus. O investimento em melhorias na segurança é constante. Somente neste ano foram instaladas mais 20 novas câmeras nas dependências, totalizando 540 equipamentos que compõem um sistema integrado de monitoramento. Além disso, conta com 140 vigilantes próprios, que circulam com veículos durante 24 horas por dia. A equipe de vigilância recebe cursos de atualização de segurança e primeiros socorros, totalizando mais de 5 mil horas de treinamento anuais. Diante do ocorrido, a Universidade se compromete em continuar buscando permanentemente a qualificação da segurança no Campus.