Menos de dois meses após o registro da primeira morte no Complexo Penitenciário de Canoas, outro preso foi encontrado morto em uma das celas do terceiro módulo — Penitenciária de Canoas 3 (Pecan 3) —, na tarde de segunda-feira (15).
O detento morto tinha 26 anos e sua identidade não foi divulgada. De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), os indícios são de suicídio: respondendo por crimes de furto e estupro, ele dividia uma cela do seguro com outro apenado, que o teria encontrado morto com uma corda enrolada no pescoço.
A Susepe, contudo, ainda aguarda os laudos da perícia e de necropsia que deverão apontar as circunstância e a causa da morte. Pela Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios de Canoas investiga:
— Nos foi comunicado como suicídio, mas sempre instauramos inquérito e investigamos. Além dele, na cela tinha outro preso, que disse que não viu e nem ouviu nada, o que nos causou estranheza. Pedimos para o DML (Departamento Médico Legal) a retirada da unha de uma das mãos para examinar se houve alguma briga — explica o delegado Luis Antonio Firmino.
Outro caso
A primeira morte no complexo, que é formado por quatro módulos, ocorreu no dia 22 de agosto, na mesma unidade. Cláudio Luiz Oliveira dos Santos, 48 anos, estava pendurado em uma das grades por um fio enrolado no pescoço. Também naquela vez, a Polícia Civil foi acionada para atender a um caso de suicídio. Mas, para os agentes da Delegacia de Homicídios, os indícios eram de suicídio.
O delegado Firmino acredita que em duas semanas o inquérito relacionado à primeira morte deverá ser concluído.
— Estamos aguardando os resultados de algumas perícias solicitada ao Instituto-Geral de Perícias. As suspeitas são de homicídio e recaem sobre dois presos, sendo que um deles havia pedido transferência para aquela cela no dia anterior — diz o delegado.